Quinta-feira da 24ª semana do Tempo Comum

1.ª Carta a Timóteo

Caríssimo: Ninguém te despreze por seres jovem. Sê, porém, um modelo para os fiéis, na palavra, na maneira de proceder, na caridade, na fé e na pureza.
Enquanto náo chego, consagra-te á proclamaçáo da Escritura, á exortaçáo e ao ensino.
Náo descuides o dom espiritual que recebeste e te foi concedido pela intervençáo profética, com a imposiçáo das máos do presbitério.
Atende a estas coisas e persevera nelas, para que o teu progresso seja manifesto a todos.
Tem cuidado contigo e com o teu ensino e sê perseverante. Se assim procederes, salvar-te-ás a ti e áqueles que te ouvem.

Livro dos Salmos

Fiéis e justas sáo as obras das suas máos,
imutáveis todos os seus preceitos,
irrevogáveis pelos séculos dos séculos,
estabelecidos na retidáo e na verdade.
Enviou a redençáo ao seu povo,
firmou com ele uma aliança eterna;
santo e venerável é o seu nome,
O temor do Senhor é o princípio da sabedoria,
sáo prudentes todos os que a praticam.
O louvor do Senhor permanece eternamente.

Evangelho segundo São Lucas

Naquele tempo, um fariseu convidou Jesus para comer com ele. Jesus entrou em casa do fariseu e tomou lugar á mesa.
Entáo, uma mulher – uma pecadora que vivia na cidade –, ao saber que Ele estava á mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro com perfume;
pôs-se atrás de Jesus e, chorando muito, banhava-Lhe os pés com as lágrimas e enxugava-lhos com os cabelos, beijava-os e ungia-os com o perfume.
Ao ver isto, o fariseu que tinha convidado Jesus pensou consigo: «Se este homem fosse profeta, saberia que a mulher que O toca é uma pecadora».
Jesus tomou a palavra e disse-lhe: «Simáo, tenho uma coisa a dizer-te». Ele respondeu: «Fala, Mestre».
Jesus continuou: «Certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos denários e o outro cinquenta.
Como náo tinham com que pagar, perdoou a ambos. Qual deles ficará mais seu amigo?».
Respondeu Simáo: «Aquele – suponho eu – a quem mais perdoou». Disse-lhe Jesus: «Julgaste bem».
E, voltando-Se para a mulher, disse a Simáo: «Vês esta mulher? Entrei em tua casa e náo Me deste água para os pés; mas ela banhou-Me os pés com as lágrimas e enxugou-os com os cabelos.
Náo Me deste o ósculo; mas ela, desde que entrei, náo cessou de beijar-Me os pés.
Náo Me derramaste óleo na cabeça; mas ela ungiu-Me os pés com perfume.
Por isso te digo: sáo-lhe perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama».
Depois, disse á mulher: «Os teus pecados estáo perdoados».
Entáo, os convivas começaram a dizer entre si: «Quem é este homem que até perdoa os pecados?».
Mas Jesus disse á mulher: «A tua fé te salvou. Vai em paz».

S. José de Cupertino(religioso, +1663)

Sáo José de Cupertino nasceu em Cupertino, no entáo Reino de Nápoles, em Itália, no ano de 1603. Paupérrimo, viveu os primeiros meses de vida num estábulo porque o pai, endividado, teve de vender tudo o que possuía.A vida deste santo tem aspetos desconcertantes. Aos 17 anos quis ser frade, mas os frades menores náo o aceitaram porque era muito ignorante. Os capuchinhos, que o acolheram como irmáo leigo, pouco tempo depois ordenaram-lhe que depusesse o hábito devido á sua grande confusáo mental.Passado algum tempo, os frades menores de Grotella reconsideraram e abriram-lhe as portas do convento, confiando-lhe os mais humildes serviços, como cuidar de uma mula. José autodefiniu-se como o “irmáo burro”.Perante a sua piedade, austeridade, obediência e dons sobrenaturais, acabou por ser recebido como clérigo, o que exigia que fosse capaz de ler o missal e o breviário. Embora se esforçasse, o resultado era insatisfatório, mas isso náo o demoveu do seu desejo de estudar para a ordenaçáo.Quando chegou a altura do exame para admissáo ao diaconado, José entregou o assunto a Nossa Senhora de Grotella. O bispo de Nardo abriu o livro dos Evangelhos e mandou-lhe explicar o trecho “Felizes as entranhas que te trouxeram.” José saiu-se admiravelmente.A partir daí começaram a aparecer na vida deste estranho frade os sinais da predileçáo divina e continuaram a manifestar-se os fenómenos sobrenaturais que atestavam a sua santidade interior. Começou a ser procurado por gente de todas as proveniências, poderosos e homens comuns e causou a preocupaçáo da Inquisiçáo, que o examinou por mais que uma vez.Viveu em Assis, Roma, e noutros locais de Itália, mas toda a agitaçáo á sua volta, bem como os estranhos fenómenos sobrenaturais que nele se manifestavam, levaram a que o Santo Ofício o fosse isolando cada vez mais das suas comunidades. Enviado pelo Papa Alexandre VII a Ósio, perto de Loreto, aí acabou a deixar a vida terrena a 17 de Setembro de 1663.Foi beatificado por Bento XIV em 1753 e canonizado por Clemente XIII em 1767.Fontes:Santos de Cada Dia, Editorial Apostolado da Oraçáo

S. João Macias(religioso, +1645)

S. Panfílio (ou Fânfilo)(presbítero, mártir, +309)

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