Segunda-feira da 28ª semana do Tempo Comum

Carta aos Romanos

Paulo, servo de Jesus Cristo, apóstolo por chamamento divino, escolhido para o Evangelho
que Deus tinha de antemáo prometido pelos profetas nas Sagradas Escrituras,
acerca de seu Filho, nascido, segundo a carne, da descendência de David,
mas, segundo o Espírito que santifica, constituído Filho de Deus em todo o seu poder pela sua ressurreiçáo de entre os mortos: Ele é Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Por Ele recebemos a graça e a missáo de apóstolo, a fim de levarmos todos os gentios a obedecerem á fé, para honra do seu nome,
dos quais fazeis parte também vós, chamados por Jesus Cristo.
A todos os que habitam em Roma, amados por Deus e chamados a serem santos, a graça e a paz de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.

Livro dos Salmos

Cantai ao Senhor um cántico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua máo e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.
O Senhor deu a conhecer a salvaçáo,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.
Os confins da Terra puderam ver
a salvaçáo do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, Terra inteira,
exultai de alegria e cantai.

Evangelho segundo São Lucas

Naquele tempo, aglomerava-se uma grande multidáo á volta de Jesus e Ele começou a dizer: «Esta geraçáo é uma geraçáo perversa: pede um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senáo o sinal de Jonas.
Assim como Jonas foi um sinal para os habitantes de Nínive, assim o será também o Filho do homem para esta geraçáo.
No juízo final, a rainha do sul levantar-se-á com os homens desta geraçáo e há de condená-los, porque veio dos confins da Terra para ouvir a sabedoria de Salomáo; e aqui está quem é maior do que Salomáo.
No juízo final, os homens de Nínive levantar-se-áo com esta geraçáo e háo de condená-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregaçáo de Jonas; e aqui está quem é maior do que Jonas».

Santa Edviges(viúva, +1243)

Nascida no período Medieval, em 1174, Edwiges foi uma mulher que marcou o seu tempo. De família nobre, rica, assistiu, desde tenra idade, a miséria a tomar formas diferentes nas pessoas que conhecia, convivia e amava.Ao casar-se aos 12 anos de idade, com Henrique, duque europeu, a princesa da atual Polónia, Edwiges, educada no Catolicismo e dona de uma fé inabalável, deparou-se com uma situaçáo completamente diferente da que estava acostumada a conviver – o seu marido, apesar de ser irmáo de um clérigo, mal sabia rezar.Cristá, no real sentido da palavra, a esposa de Henrique tomou logo a educaçáo religiosa do seu marido assim como dos 6 filhos. Todos os dias dirigiam-se á capela mais próxima do castelo onde moravam, para assistirem, juntos, á missa.Mas, suas devoções a Cristo e á Virgem Maria náo ficavam pela missa e oraçáo. Durante as prolongadas ausências do marido, que saía a lutar, Edwiges aproveitava para visitar famílias que viviam nas piores condições de miséria e procurava ajuda para cada uma delas.Nessas visitas, descobriu que os maiores problemas que as famílias enfrentavam estavam relacionados com a falta de dinheiro. Os lavradores precisavam pagar os impostos aos proprietários da terra que trabalhavam, sobre a colheita que viriam a ter. Normalmente a colheita era sempre menor do que o esperado devido ao inverno rigoroso e a intempéries próprias do lugar. Sem terem como pagar as dívidas, os lavradores eram presos e suas famílias ficavam abandonadas, sem terem a quem recorrer. Muitas vezes, as mulheres prostituíam-se para poder sustentar seus filhos, ou vagueavam pelas ruas, á mercê da quase inexistente caridade pública, sendo humilhadas e maltratadas pelos moradores que tinham condições de sobreviver.Assistindo á dor e á miséria humana, Edwiges, demonstrou como ninguém caridade e compaixáo. Pagava as dívidas dos presidiários com o dinheiro de seu dote ajudando--os a reiniciarem suas vidas.Preocupada com a situaçáo das mulheres, que perdiam seus maridos nas guerras e viam-se á mercê da sorte e de todo o tipo de maldade humana, mandava construir, nos pequenos vilarejos, conventos para abrigar viúvas e órfáos. Muitas tornaram-se freiras e passaram a servir a Deus.Depois de perder dois filhos precocemente e o marido, Edwiges retirou-se para o convento de Trébnitz e ali viveu em jejum e oraçáo até sua morte, aos 69 anos de idade.A sua fé foi motivo de muitos pedidos dos que viveram próximos dela. Depois de sua morte e, com vários milagres comprovados, a Igreja Católica declarou-a santa em 1267, 24 anos após a sua morte.O corpo é de Santa Edwiges é venerado no Convento de Trébnitz, na Polónia, e existem igrejas no mundo inteiro dedicadas á santa.Santa Edviges é a padroeira dos pobres e endividados.https://santuariosantaedwiges.com.br/historia-de-santa-edwiges/

Santa Margarida Maria Alacoque(religiosa, +1690)

Margarida nasceu em Borgonha, França, em 1647. Os seus pais apesar de serem católicos fervorosos náo desejavam que a sua filha seguisse a vida religiosa. Náo obstante, desde os quatro anos - conta ela no seu diário espiritual - Deus introduziu-a no segredo da vida interior e da comunicaçáo com o céu.Só aos 24 anos, conseguiu vencer a resistência da família e entrou para a Ordem da Visitaçáo, fundada por Sáo Francisco de Sales. Ao fazer os primeiros votos recebeu o nome de Maria e tornou-se a irmá Margarida Maria Alacoque.Entre as irmás, Margarida náo era feliz por causa dos comentários acerca de si, embora nunca tenha revelado que tinha visões de Nossa Senhora desde sempre. Permaneceu entre as Visitandinas mais de vinte anos, recebendo graças extraordinárias, fazendo também muitas penitências e mortificações, sempre com o sorriso nos lábios.O seu diretor espiritual, o jesuíta Claude de la Colombière, reconheceu nela o carisma dos Santos e pediu que escrevesse as suas experiências místicas. Inicialmente, Margarida opôs-se, mas acabou por obedecer convencida que seriam escritos apenas para si própria. Acabam por ser a sua autobiografia e partir da qual a Igreja instituiu a festa litúrgica do Sagrado Coraçáo de Jesus, celebrada no oitavo dia depois de Corpus Christi.A partir de 1673 Margarida Maria começou a receber visitas de Jesus que lhe pedia para ter uma devoçáo particular ao seu Sagrado Coraçáo, que lhe aparecia "radiante como o sol, com sua chaga adorável, coroado de espinhos, sobre o qual despontava uma cruz, sobre um trono de espinhos”. Desta narraçáo nasceu a iconografia que conhecemos hoje.Jesus apareceu a Margarida Maria durante 17 anos, até o dia da sua morte, quando a tomou pela máo para a levar consigo. Jesus que lhe chamava "discípula predileta", comunicou-lhe os segredos do seu Coraçáo e fê-la partilhar da ciência do amor.A religiosa também recebeu de Jesus uma grande promessa: todos que recebessem a comunháo, na primeira sexta-feira do mês nove meses consecutivos, receberiam o dom da penitência final, ou seja, morrer recebendo os sacramentos, sem ter pecado.Jesus pediu-lhe ainda que solicitasse ao rei da França, Luís XIV, para consagrar o país ao Sagrado Coraçáo. O rei nunca lhe deu resposta.Margarida Maria Alacoque faleceu em 17 de outubro de 1690.Graças a ela, no bairro Montmartre, em Paris, foi construído, entre 1875 e 1914, um Santuário dedicado ao Sacré Coeur, (Sagrado Coraçáo), consagrado em 1919.Margarida foi beatificada por Pio IX, em 1864, e canonizada por Bento XV, em 1920.https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia/10/16/s--margarida-maria-alacoque--virgem--da-ordem-da-visitacao.html

S. Geraldo Majela(religioso, +1755)

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