Missal Católico do dia: Sexta-Feira, Marco 6 2020
Livro de Ezequiel 18,21-28.
Assim fala o Senhor Deus: «Se o pecador se arrepender de todas as faltas que cometeu, se observar todos os meus mandamentos e praticar o direito e a justiça, certamente viverá e não morrerá.
Não lhe serão lembrados os pecados que cometeu e viverá por causa da justiça que praticou.
Será porventura a morte do pecador que Me agrada?», diz o Senhor Deus. «Não é antes que se converta do seu mau proceder e viva?
Mas se o justo se desviar da justiça e praticar o mal, imitando as abominações dos pecadores, porventura viverá? Não mais será recordada a justiça que praticou; por causa da prevaricação em que caiu e do pecado que cometeu, ele morrerá.
E vós dizeis: 'O modo de proceder do Senhor não é justo'. Escutai, casa de Israel: Será o meu modo de proceder que não é justo? Não será antes o vosso modo de proceder que é injusto?
Quando o justo se afastar da justiça, praticar o mal e vier a morrer, morrerá por causa do mal cometido.
Quando o pecador se afastar do mal que tiver realizado, praticar o direito e a justiça, salvará a sua vida.
Se abrir os seus olhos e renunciar às faltas que tiver cometido, há de viver e não morrerá».
Livro dos Salmos 130(129),1-2.3-4ab.4c-6.7-8.
Do profundo abismo chamo por Vós, Senhor,
Senhor, escutai a minha voz.
Estejam os vossos ouvidos atentos
à voz da minha súplica.
Se tiverdes em conta as nossas faltas,
Senhor, quem poderá salvar-se?
Mas em Vós está o perdão
para Vos servirmos com reverência.
Eu confio no Senhor,
a minha alma espera na sua palavra.
Eu confio no Senhor,
a minha alma espera na sua palavra.
A minha alma espera pelo Senhor,
mais do que as sentinelas pela aurora.
Porque no Senhor está a misericórdia
e com Ele abundante redenção.
Ele há de libertar Israel
de todas as suas faltas.
Evangelho segundo São Mateus 5,20-26.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se a vossa justiça não superar a dos escribas e fariseus, não entrareis no reino dos Céus.
Ouvistes que foi dito aos antigos: 'Não matarás; quem matar será submetido a julgamento'.
Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que se irar contra o seu irmão será submetido a julgamento. Quem chamar imbecil a seu irmão será submetido ao Sinédrio, e quem lhe chamar louco será submetido à geena de fogo.
Portanto, se fores apresentar a tua oferta ao altar e ali te recordares que o teu irmão tem alguma coisa contra ti,
deixa lá a tua oferta diante do altar, vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão e vem depois apresentar a tua oferta.
Reconcilia-te com o teu adversário, enquanto vais com ele a caminho, não seja caso que te entregue ao juiz, o juiz ao guarda, e sejas metido na prisão.
Em verdade te digo: Não sairás de lá, enquanto não pagares o último centavo». Tradução litúrgica da Bíblia
São João Crisóstomo (c. 345-407)
presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilia sobre a traição de Judas, 6; PG 49, 390
«Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão»
Escuta o que diz o Senhor: «Portanto, se fores apresentar a tua oferta ao altar e ali te recordares que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão e vem depois apresentar a tua oferta». Tu perguntarás : «Deixarei a oferta e o sacrifício diante do altar?» E Ele responde : «Com certeza, porque o sacrifício é oferecido precisamente para viveres em paz com o teu irmão». Assim, pois, se o objetivo do sacrifício é a paz com o teu próximo, e tu não salvaguardas a paz, de nada serve participares no sacrifício, nem sequer com a tua presença. A primeira coisa que tens a fazer é restabelecer a paz, essa paz pela qual, repito, é oferecido o sacrifício. Então tirarás bom proveito deste. Porque o Filho do Homem veio ao mundo reconciliar a humanidade com seu Pai. Como diz Paulo, «Agora, Deus reconciliou todas as coisas consigo» (Col 1,22), «levando em Si próprio a morte à inimizade» (Ef 2,16). É por isso que Aquele que veio trazer a paz nos proclama bem-aventurados se seguirmos o seu exemplo, e nos dá o seu nome como herança: «Bem-aventurados os obreiros da paz, porque serão chamados filhos de Deus» (Mt 5,9). Portanto, realiza tu, na medida das possibilidades da natureza humana, aquilo que fez Cristo, o Filho de Deus. Faz reinar a paz entre os outros como ela reina em tua casa. Não é verdade que Cristo dá o nome de filhos de Deus aos amigos da paz? É por isso que a única disposição que quer de nós quando vamos apresentar um sacrifício é que estejamos reconciliados com os nossos irmãos, mostrando-nos assim que a caridade é a maior de todas as virtudes.
Categoria: Missa por Ano / Missal Católico 2020 / Missal Católico de marco 2020
Publicado: 2021-09-15T18:20:56Z | Modificado: 2021-09-15T18:20:56Z