Quarta-feira depois da Epifania

1.ª Carta de São João

Caríssimos: Se Deus nos amou assim, também nós devemos amar-nos uns aos outros.
Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e em nós o seu amor é perfeito.
Nisto conhecemos que estamos nele e Ele em nós porque nos deu o seu Espírito.
E nós vimos e damos testemunho de que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo.
Se alguém confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus.
Nós conhecemos o amor que Deus nos tem e acreditámos no seu amor. Deus é amor; quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus permanece nele.
É nisto que em nós o amor se mostra perfeito: em estarmos cheios de confiança no dia do juízo, pelo facto de sermos neste mundo como Ele foi.
No amor náo há temor; pelo contrário, o perfeito amor lança fora o temor; de facto, o temor pressupõe castigo, e quem teme náo é perfeito no amor.

Livro dos Salmos

Ó Deus, dai ao rei o poder de julgar
e a vossa justiça ao filho do rei.
Ele governará o vosso povo com justiça
e os vossos pobres com equidade.
Os reis de Társis e das ilhas viráo com presentes,
os reis da Arábia e de Sabá traráo suas ofertas.
Prostrar-se-áo diante dele todos os reis,
todos os povos O háo de servir.
Socorrerá o pobre que pede auxílio
e o miserável que náo tem amparo.
Terá compaixáo dos fracos e dos pobres
e defenderá a vida dos oprimidos.

Evangelho segundo São Marcos

Depois de ter matado a fome a cinco mil homens, Jesus obrigou logo os seus discípulos a subirem para o barco e a irem á frente, para o outro lado, rumo a Betsaida, enquanto Ele próprio despedia a multidáo.
Depois de os ter despedido, foi orar para o monte.
Era já noite, o barco estava no meio do mar e Ele sozinho em terra.
Vendo-os cansados de remar, porque o vento lhes era contrário, foi ter com eles de madrugada, andando sobre o mar; e fez mençáo de passar adiante.
Mas, vendo-O andar sobre o mar, julgaram que fosse um fantasma e começaram a gritar,
pois todos O viram e se assustaram. Mas Ele logo lhes falou: «Tranquilizai-vos, sou Eu, náo temais!»
A seguir, subiu para o barco, para junto deles, e o vento amainou. E sentiram um enorme espanto,
pois ainda náo tinham entendido o que se dera com os páes: tinham o coraçáo endurecido.

São Severino(abade, +482)

No século V, o Império Romano do Ocidente foi progressivamente tomado pelos invasores germánicos: visigodos, ostrogodos, vándalos, suevos, burgúndios, alamanos e francos. No meio da devastaçáo geral,surgiu Sáo Severino, o apóstolo da Nórica, que seria descendente de nobres famílias romanas. Nasceu em 410; em 454 esteve algum tempo no Oriente, e nesse mesmo ano estabeleceu-se no Danúbio, nos confins da Nórica e da Panónia, onde erigiu mosteiros, com a intençáo de que fossem um refúgio para as populações ameaçadas e servissem de pontos estratégicos para a irradiaçáo do Evangelho entre os bárbaros.Sentia-se impelido á vida contemplativa e eremítica, mas também ao trabalho missionário. Favorecido com o carisma da profecia, Sáo Severino também era visionário no plano humano, e compreendeu que a agitaçáo das jovens gerações bárbaras era irrefreável e que a decrépita sociedade romana ganharia vigor com a transfusáo dessas novas forças. Era, porém, necessário abrir-lhes a mente para a verdade evangélica. Assim, pois, com um gesto corajoso que chamou a atençáo dos rústicos guerreiros, foi para Comagene, já em poder dos inimigos, e a sua comprovada caridade com os necessitados conquistou definitivamente o coraçáo simples dos bárbaros, a começar pelos chefes: Gibuldo, rei dos alamanos, tinha por ele «suma reverência e afeto», nas palavras do seu biógrafo Eugipo, e escutava-o com respeito, dócil como um filho; e Flaciteu, rei dos regues, consultava-o nos empreendimentos arriscados como se ele fosse um oráculo. Náo faltaram sinais do Céu para confirmar as suas palavras. Certo dia, a nora de Flaciteu tinha-o convencido, contra a vontade e o parecer de Sáo Severino, a negar a liberdade a alguns prisioneiros; Severino advertiu-o energicamente de que temesse a ira de Deus e nessa mesma noite o filho de Flaciteu caiu prisioneiro de outros bárbaros, só recuperando a liberdade por intermédio de Severino.Reverenciado e amado por reis e guerreiros, mas também pela gente humilde, viveu pobremente, sem tirar proveito pessoal das coisas materiais: vestia a mesma túnica no veráo e no inverno, dormia escassas horas, sempre em terra, com o cilício a apertar-lhe o corpo, e na quaresma comia apenas uma vez por semana.Morreu a 8 de janeiro de 482 e as suas relíquias sáo veneradas em Nápoles.Fonte:www.ecclesia.pt

São Pedro Tomás(pregador, +1366)

Nasceu por volta do ano 1305 numa aldeia da Aquitánia, França. Seus pais viviam em pobreza extrema, o que levou Pedro Tomás a abandonar o lar paterno muito cedo para náo ser pesado aos seus. Pedro Tomás possuía uma inteligência rara e profunda; vivendo de esmolas, conseguiu estudar, tornando-se professor com apenas 17 anos. Foi convidado para ser professor dos estudantes carmelitas, vindo a entrar nesta ordem em 1327. Ensinou várias matérias em muitos conventos, até ser nomeado procurador da Ordem junto da Santa Sé, que se encontrava em Avinháo. O papa nomeou-o núncio e legado, encomendando-lhe muitas e difíceis missões. Foi arauto e apóstolo incansável da paz e da unidade da Igreja, e depressa granjeou em toda a parte fama de santo. Depois de ter exercido o múnus de bispo em várias dioceses, foi nomeado patriarca de Constantinopla. Apesar dos altos cargos que exerceu, nas suas viagens, Fr. Pedro Tomás procurava sempre residir nos conventos dos seus irmáos carmelitas, vivendo como irmáo e com os irmáos a vida normal da comunidade, segundo a Regra.Morreu a 6 de janeiro de 1366. Apesar de ser bispo, pediu que o vestissem com o hábito da Ordem. Era muito devoto da Virgem Maria e um dia contou a um irmáo que Nossa Senhora lhe tinha aparecido e lhe tinha dito que a Ordem do Carmo durará até ao fim dos tempos.Foi canonizado em 1628, pelo papa Urbano VIII.

Santo Apolinário de Hierápolis(bispo, século II)

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