Missal Católico do dia: Sábado, Abril 11 2020
Livro do Êxodo 14,15-31.15,1a.
Naqueles dias, disse o Senhor a Moisés: «Porque estás a bradar por Mim? Diz aos filhos de Israel que se ponham em marcha.
E tu ergue a tua vara, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel entrem nele a pé enxuto.
Entretanto vou permitir que se endureça o coração dos egípcios, que hão-de perseguir os filhos de Israel. Manifestarei então a minha glória, triunfando do faraó, de todo o seu exército, dos seus carros e dos seus cavaleiros.
Os egípcios reconhecerão que Eu sou o Senhor, quando Eu manifestar a minha glória, vencendo o faraó, os seus carros e os seus cavaleiros».
O Anjo de Deus, que seguia à frente do acampamento de Israel, deslocou-se para a retaguarda. A coluna de nuvem que os precedia veio colocar-se atrás do acampamento
e postou-se entre o campo dos egípcios e o de Israel. A nuvem era tenebrosa de um lado e do outro iluminava a noite, de modo que, durante a noite, não se aproximaram uns dos outros.
Moisés estendeu a mão sobre o mar e o Senhor fustigou o mar, durante a noite, com um forte vento de leste. O mar secou e as águas dividiram-se.
Os filhos de Israel penetraram no mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam muralha à direita e à esquerda.
Os egípcios foram atrás deles: todos os cavalos do Faraó, os seus carros e cavaleiros seguiram-nos pelo mar dentro.
Na vigília da manhã, o Senhor olhou da coluna de fogo e da nuvem para o acampamento dos egípcios e lançou nele a confusão.
Bloqueou as rodas dos carros, que dificilmente se podiam mover. Então os egípcios disseram: «Fujamos dos israelitas, que o Senhor combate por eles contra os egípcios».
O Senhor disse a Moisés: «Estende a mão sobre o mar e as águas precipitar-se-ão sobre os egípcios, sobre os seus carros e os seus cavaleiros».
Moisés estendeu a mão sobre o mar e, ao romper da manhã, o mar retomou o seu nível normal, quando os egípcios fugiam na sua direção. E o Senhor precipitou-os no meio do mar.
As águas refluíram e submergiram os carros, os cavaleiros e todo o exército do Faraó, que tinham entrado no mar, atrás dos filhos de Israel. Nem um só escapou.
Mas os filhos de Israel tinham andado pelo mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam muralha à direita e à esquerda.
Nesse dia, o Senhor salvou Israel das mãos dos egípcios e Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar.
Viu também o grande poder que o Senhor exercera contra os egípcios, e o povo temeu o Senhor, acreditou n’Ele e em seu servo Moisés.
Então Moisés e os filhos de Israel cantaram este hino em honra do Senhor: «Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória, precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro».
Livro do Êxodo 15,1b-2.3-4.5-6.17-18.
Cantarei ao Senhor, que fez brilhar a sua glória
precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro.
O Senhor é a minha força e a minha proteção:
a Ele devo a minha liberdade
Ele é o meu Deus: eu O exalto
Ele é o Deus de meu pai: eu O glorifico.
O Senhor é um guerreiro, Omnipotente é o seu nome;
precipitou no mar os carros do faraó e o seu exército.
Os seus melhores combatentes afogaram-se
no mar Vermelho,
foram engolidos pelas ondas,
caíram como pedra no abismo.
A vossa mão direita, Senhor, revelou a sua força,
a vossa mão direita, Senhor, destroçou o inimigo.
Levareis o vosso povo e o plantareis na vossa montanha,
na morada segura que fizestes, Senhor,
no santuário que vossas mãos construíram.
O Senhor reinará pelos séculos dos séculos.
Carta aos Romanos 6,3-11.
Irmãos: Todos nós, que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte.
Fomos sepultados com Ele pelo batismo na sua morte, para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos, pela glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova.
Se, na verdade, estamos totalmente unidos a Cristo pela semelhança da sua morte, também o estaremos pela semelhança da sua ressurreição.
Bem sabemos que o nosso homem velho foi crucificado com Cristo, para que fosse destruído o corpo do pecado e não mais fôssemos escravos dele.
Quem morreu, está livre do pecado.
Se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos,
sabendo que, uma vez ressuscitado dos mortos, Cristo já não pode morrer; a morte já não tem domínio sobre Ele.
Porque, na morte que sofreu, Cristo morreu para o pecado de uma vez para sempre; mas a sua vida é uma vida para Deus.
Assim vós também, considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Cristo Jesus.
Evangelho segundo São Mateus 28,1-10.
Depois do sábado, ao raiar do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram visitar o sepulcro.
De repente, houve um grande terramoto: o Anjo do Senhor desceu do Céu e, aproximando-se, removeu a pedra do sepulcro e sentou-se sobre ela.
O seu aspeto era como um relâmpago, e a sua túnica branca como a neve.
Os guardas começaram a tremer de medo e ficaram como mortos.
O Anjo tomou a palavra e disse às mulheres: «Não tenhais medo; sei que procurais Jesus, o Crucificado.
Não está aqui: ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver o lugar onde jazia.
E ide depressa dizer aos discípulos: 'Ele ressuscitou dos mortos e vai adiante de vós para a Galileia. Lá O vereis'. Era o que tinha para vos dizer».
As mulheres afastaram-se rapidamente do sepulcro, cheias de temor e grande alegria, e correram a levar a notícia aos discípulos.
Jesus saiu ao seu encontro e saudou-as. Elas aproximaram-se, abraçaram-Lhe os pés e prostraram-se diante dele.
Disse-lhes então Jesus: «Não temais. Ide avisar os meus irmãos que partam para a Galileia. Lá Me verão». Tradução litúrgica da Bíblia
São Boaventura (1221-1274)
franciscano, doutor da Igreja
«A Árvore da Vida»
Ele triunfou da morte
Na aurora do terceiro dia do repouso sagrado do Senhor no sepulcro [...], o poder e a sabedoria de Deus, Cristo, tendo abatido o autor da morte, triunfou da própria morte, abriu-nos o acesso à eternidade e ressuscitou de entre os mortos pelo seu poder divino, para nos indicar os caminhos da vida. Houve então um enorme tremor de terra, o Anjo do Senhor desceu do Céu vestido de branco, veloz como o fogo, e mostrou-se suave com os bons e severo com os malvados. Assim, espantou os cruéis soldados e sossegou as mulheres assustadas a quem o Senhor ressuscitado aparecera em primeiro lugar, pois elas mereciam pelo seu vivo afeto. Em seguida, apareceu a Pedro e aos outros discípulos no caminho de Emaús, depois aos apóstolos sem Tomé. Propôs a Tomé que Lhe tocasse, e este exclamou: «Meu Senhor e meu Deus». Apareceu durante quarenta dias, de diversas maneiras, aos discípulos, comendo e bebendo com eles. Iluminou a nossa fé com provas e elevou a nossa esperança com promessas, para finalmente inflamar o nosso amor com dons celestes.
Categoria: Missa por Ano / Missal Católico 2020 / Missal Católico de abril 2020
Publicado: 2021-09-15T18:20:52Z | Modificado: 2021-09-15T18:20:52Z